Salve, queridos vendalorianos! Ao menos enquanto não sabemos o nome do mundo e não nos direcionamos às raças que sejam de nossa predileção! Novamente este paladino historiador, traz um novo objeto de observação para nossa comunidade.
Esta personagem não apareceu em nenhum outro lugar, até agora, senão em uma postagem razoavelmente antiga no Instagram do ToS. Seu nome me é desconhecido, mas podemos nos deter em alguns elementos para os quais me atentei.
Começo dizendo que o nomeei rei apenas por ele estar sentado nesta espécie de trono, o que até me sugere que este possa ser uma figura de extrema importância no panteão do ToS. Fora isso, o nome não passa de um certo exagero, algo para causar um certo impacto e atrair mais pessoas interessadas em Lore!
Sigamos!
Pesquisando, achei algumas referências de divindades, em diversas religiões e mitologias, de entidades dotadas de muitas faces. Poderia citar todas elas, mas seria apenas uma forma de alongar o texto. Todas elas, basicamente, tem em suas muitas faces a habilidade de observar os vários momentos do tempo. Essas faces voltadas ao passado, presente e futuro normalmente remetem a um tipo de onipresença, do conhecimento de todas as coisas.
Em minhas pesquisas iconográficas, feitas em temas passados de nossas teorias, cheguei a me deparar com algumas referências que poderiam ou não ser uma influência do tarot na construção de alguns personagens. O elemento que adorna seu trono, o pentáculo com os seis círculos, foi o meu guia desta vez.
Como sempre, aqui estamos meramente no reino dos devaneios, e tudo o que se diz pode ser uma bela e bem redigida montanha de nada! Espero não ser este o caso.
Esta carta do tarot, o Seis de Pentáculo, ostenta algumas semelhanças fortes demais com alguns elementos presentes na figura do nosso querido jogo.
O chapéu e o manto, são um elemento de status. Não é raro encontrar representações de personalidades abastadas da Baixa Idade Média italiana trajando indumentária similar à representada na figura ao lado. Esse é exatamente o intuito da figura na carta, a representação de um sujeito abastado, dando esmola para dois mendigos. Essa similaridade pode conferir à nossa personagem características de um ser bondoso, caridoso e, por fim, justo.
A representação da balança nivelada representa isonomia, a inexistência de qualquer tipo de favorecimento ou de antipatia. Se juntarmos a isso a característica das três faces, talvez este seja o juiz supremo, mais uma vez indicando sua extrema importância no panteão.
Outro detalhe, que me atraiu a atenção dada sua constante e ignorada presença em nosso dia-a-dia, foi a da fíbula em seu manto, a logomarca do ToS!
Dia desses, ouvindo uma das músicas do jogo, perguntei-me se haveria algum significado neste símbolo além de ser, é claro, um design estiloso. Como eu não acredito em coincidências na composição de um personagem, na descrição de uma cena, fica evidente que há alguma coisa por trás deste emblema.
A logo, tal como está aqui representada, parece, ao menos para mim, a junção da fíbula com o último elemento: a lua.
Claro que, mais uma vez, a coisa pode parecer uma forçada de barra, mas é característico demais para ser apenas um acaso.
A lua vem com um sentido iconográfico que complementa um outro significado da carta acima, a de ciclos. Na carta ela tenta usar isso na figura do contraste entre bonança e penúria, iconograficamente, a lua em suas fases, podem servir de alegoria aos momentos da vida de uma pessoa.
Ainda falando da lua, ela também é uma representação do feminino, assim como das sombras... Dreyah?
Mais uma vez, o sangue sobre este elemento ligado às divindades mantém minha teoria sobre um conflito entre eles. Estou certo de que este emblema não só pode, como irá, nos dizer mais!
Considerações???
Mais uma vez agradeço-lhes a leitura!
Muitíssimo bem observada a relação da imagem com a carta de Tarot, ainda mais dada a íntima relação deste com a Cabala, sabida fonte de inspiração para a lore do jogo. Certamente a figura da imagem é ou representa alguém de grande poder na relação entre os Divinos e os mortais.
Enquanto aprecio a idéia de um ser benevolente e apartidário, não consigo deixar de pensar no significado desta mesma carta de tarot quando invertida: dinâmica de poder, abuso de generosidade, presentes amarrados com amarras, desigualdade, extorsão... Alguém que doa somente para trazer benefícios pra si, dívida de gratidão... Essas características me parecem quase inerentes aos mais diversos seres divinos e, honestamente, não tem motivo de ser diferente aqui também... Ah, esses Deuses...
Sobre a figura do dito "rei" em si, já especulo há tempos sobre suas diversas cabeças... E, ainda mais depois da divulgação desta imagem aqui, estou convencida de que se tratam de cinco cabeças, e não três... Não que isso afete sua capacidade de observar passado, presente e futuro - apenas adciona "funcionalidades" extras a este já tão prestigioso ser, que possívelmente tenha mais poder de ação sobre as coisas, e não somente de observação. (Aliás, essa imagem é muito linda, tá doido...) Quanto à lua, no caso a lua cheia, acrescento que ela representa a força e a eternidade, sugerindo ainda mais o status de divindade do ser representado na imagem. E ainda sobre seu significado no Tarot, representa, entre outros, a falsidade, as ilusões, as aparências enganadoras.
Todos esses ícones certamente são relevantes, seja de forma clara ou obscura, nada está posto ali por acaso. Continuaremos criando hipóteses sobre cada elemento até que estas se tornem teorias comprovadas, e assim continuamos a desvendar essa história que, a cada dia, nos envolve mais e mais...
Eu tentei buscar alguns elementos que pudessem dirigir mais essa teoria. Mesmo o símbolo da logomarca, se observado geometricamente, soma cinco "caudas" naqueles três elementos internos. Só que nessa foto os elementos não me transmitem uma unidade. Cada uma dessas faces é única, seja pelas formas que as compõe, seja pelas expressões que ostentam, mesmo na posição que ocupam em planos diferentes da imagem.
Aqui os elementos apontam não só individualidade como uma certa hierarquia. Mesmo as duas figuras intermediárias estão ligeiramente desniveladas, fazendo parecer que há uma certa equivalência. Mesmo suas feições parecem ser antagônicas.
A do meio, até em sua expressão facial parece ser neutra.
A última, parece sugerir uma menor importância, seja por sua altura na imagem, seja pelo afastamento da figura maior, digamos "coroada". Seu posicionamento indica ainda sua propensão à figura do Irado. Será uma dinâmica similar a Melkor e Sauron?
Inclusive esse último elemento, a entidade principal, parece abarcar a todos eles. Uma grande dominância que pode ser lida pelas linhas que surgem da dita coroa.